Como todo "bandido canalha", o Governo é excelente na prática do
"Venha a nós"... tudo e "Ao vosso Reino"... quase nada.
Tem fiscalização rigorosa para tudo, menos para controlar os bares e
restaurantes que exorbitam na venda de comida por peso e cobram por
um refrigerante pequeno valor proporcionalmente superior ao de uma
cerveja de 600 ml.
Está mais que na hora de uma reação popular contra esse "Leão faminto"
da Receita Federal, que nos assalta anualmente, fazendo descontos na
fonte não reajustados, na hora do acerto de contas, posto que nada
mais são do que uma antecipação de tributo. Ou seja, um adiantamento
que se tira do salário em favor do governo inócuo, completamente de
graça, porque nem correção monetária incide sobre ele, quando lançado
na declaração anual do Imposto de Renda.
Lino Tavares - um assaltado contribuinte.
OLHO VIVO:SE CORRER O BICHO PEGA,SE FICAR O BICHO COME!
IMPOSTO DE RENDA e os documentos dedos-duros
Cuidado com "O REI LEÃO", AQUELE QUE SABE TUDO!!!!!!!
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Os documentos dedos-duros
Se tudo no Brasil fosse tão bem organizado quanto a Receita Federal,
provavelmente o país não seria a sexta, mas a primeira economia do
mundo. Para se ter uma ideia, além da declaração do contribuinte, o
Fisco recebe pelo menos outros doze documentos para fazer o cruzamento
de dados e ver se o cidadão errou ou fraudou a prestação de contas.
A tendência é o cerco ficar ainda mais cerrado, já que a Receita está
se preparando para cruzar todos os tipos de informações. Isso, em
suma, significa que o Leão vai conhecer o caminho que todo o dinheiro
que circula no país percorreu durante o ano. "Toda transação feita
será conhecida pela Receita. O objetivo é cruzar todas as
informações", avalia o doutor em Contabilidade e professor da Fucape,
Valcemiro Nossa.
Hoje, o Fisco já pode cruzar informações de serviços médicos, por
meio da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde, a Dmed, de gastos
com cartão de crédito, pela Declaração de Operações com Cartão de
Crédito (Decred), de compra e venda de imóveis, Declaração de
Informações sobre Atividades Imobiliárias, a Dimob. E isso é apenas o
aperitivo.
"O Brasil sabe arrecadar muito bem e o sistema da Receita tem sido
exemplo. Há países que vêm estudar no Brasil nosso sistema de
arrecadação. O nosso problema é o controle do gasto. A entrada do
dinheiro é bem feita, o problema é a saída. Diante disso tudo, o
governo perde uma grande chance de fazer uma reforma tributária. À
medida que apertam o cerco, as pessoas vão para a formalidade, pois
têm que dar contas do dinheiro ganho. A arrecadação aumenta. E esse,
portanto, se torna um bom momento para afrouxar os impostos".
E essa dificuldade de saber para onde vai o dinheiro que pagamos fica
maior, já que o que é arrecadado pelo Imposto de Renda vai para o
caixa único do governo. "Não é um dinheiro carimbado, que tem um fim
específico", diz Nossa.
Cuidado com eles:
- Despesas médicas
Despesas com hospitais, planos de saúde e médicos são analisadas com
muito cuidado pelos fiscais da Receita. Isso porque não há limite de
dedução desse tipo de gasto. Normalmente, cai na lupa da Receita
Federal quem declara gastos elevados com saúde. O cruzamento de dados
é feito por meio da Declaração de Serviços Médicos e de Saúde, a Dmed.
- Cartões de crédito
Sempre que você usa mais de R$ 5 mil do seu limite, a administradora
vai informar à Receita a sua movimentação. Isso é feito por meio da
Declaração de Operações com Cartão de Crédito (Decred). Portanto,
fique atento ao que você vai informar na sua declaração. Por exemplo:
se sua renda é de R$ 4 mil, mas você tem gastos acima de R$ 6 mil no
cartão, os auditores provavelmente ficarão desconfiados.
- Empresas
Se você trabalha com carteira assinada, nem pense em tentar burlar o
Fisco. Até o final de fevereiro, as empresas precisam entregar à
Receita a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte, a Dirf.
Nesse documento, consta toda movimentação de pagamentos sujeitos à
tributação.
- Imobiliárias
As imobiliárias são obrigadas a informar à Receita as transações de
compra, venda e aluguel de imóveis. Isso é feito por meio da
Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias, a Dimob.
Então, nem pense em informar um valor abaixo do que recebeu. O Leão
vai, certamente, saber.
- Corretoras de ações
O Fisco cobra imposto de 15% em cima do que foi ganho com operações
na Bolsa de Valores. Em casos de compra e venda de ações no mesmo dia,
o day-trade, o valor da taxa aumenta e fica em 20%. Se o investidor
vender mais de R$ 20 mil em ações em um único mês, tem que pagar o
imposto de renda. O débito é sanado no mês seguinte às operações. Vale
lembrar que em toda transação em Bolsa é recolhido pela Receita
Federal 0,005% do valor. É um valor mínimo de imposto para que o Fisco
saiba de suas contas. Quer dizer que o recolhimento é pequeno, mas
suficiente para o Leão ficar bem atento às movimentações.
- Cartórios
Operações de compra e venda de imóveis são informados, também, pelos
cartórios. Isso é feito por meio da Declaração sobre Operações
Imobiliárias (DOI). São os cartórios, também, que deduram o número de
dependentes. Declarar, falsamente, que tem oito filhos para tentar
diminuir a mordida do Leão pode não ser uma boa ideia.
- Parentes
Sim, sua família pode te dedurar e colocar suas contas na malha fina.
Isso porque muita gente esquece que é preciso combinar com o cônjuge
quem vai incluir o filho como dependente. Se os dois o colocarem,
fatalmente serão pegos pela fiscalização.
- Bancos
Lembra da CPMF? Além de dar pequenas mordidas no seu orçamento, esse
famigerado imposto tinha a função de verificar se o contribuinte não
estava realizando transações suspeitas. Sim, a Receita usava esses
dados para “espionar” suas contas. O fim dessa taxa não diminuiu o
olhar de lince do Leão. Hoje, os bancos são obrigados, por meio da
Declaração de Informações sobre Movimentações Financeiras (Dimof)
todas as transações bancárias que superem os R$ 5 mil. São olhadas com
lupa, entretanto, aquelas transações de R$ 100 mil ou mais.
- Luxos
Comprou um carrão ou um iate? A Receita sabe. O órgão tem acesso a
todas as negociações envolvendo veículos (via Renavam), barcos e
lanchas (via Capitania dos Portos) e aeronaves (via Anac). A Receita
tem acesso à movimentação desses órgãos.
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